Sábado,
3 de Junho 2006
Pelas 21,30 horas
("Era o tempo das cerejas" - Maria Lourdes Gomes/05)
Ao
Fernando Bizarro
(http://lusomerlin.blogspot.com)
O que é a vida?
É o clarão de um pirilampo na noite.
É o sopro de um bisonte no inverno.
É a pequena sombra que corre na erva e se perde no pôr do sol.
Descansa em Paz, camarada!
FRATERNIDADE
A fraternidade não se reduz à comunidade dos homens, ao seu ambiente mais imediato.
Estende-se até às estrelas mais longínquas.
O AMIGO
O Amigo surge como o vento da Primavera, com perfumes de flores e a doce luz do céu.
Mantém-se no limiar da alma, sempre alegre e benévolo.
José Gomes
A bandeira e o hino nacional, Pátria, são dois elos que unem uma nação, um país, um povo.
Há pouco mais de dez dias nasceu, na Tane Timor, um desafio: a organização de um evento que assinalasse no Porto o 4º aniversário da independência de Timor Leste.
Foi um corropio coroado de êxito, de emoção, de alegria e sentimento, que conseguiu congregar mais de meia centena de timorenses.
Uma missa na Igreja de S. Nicolau, em que um grupo de jovens timorenses participou colaborando na celebração com os seus cânticos em Tétum, o rítmo das suas violas e a fé das suas palavras, deu origem às comemorações do 4º aniversário de Timor-Leste.
Finda a missa fomos todos até à Sede da Tane Timor, na Ribeira do Porto, onde o presidente da associação deu as boas vindas aos presentes que encheram as instalações e num breve discurso traçou os objectivos da Tane Timor e deixou bem marcada a sua alegria por aquela iniciativa dos timorenses, que espera ter continuação muito em breve.
Depois das palavras do organizador desta iniciativa seguiu-se os "Parabéns a Timor" cantado por todos os presentes e um brinde à jovem Nação. Foi , então, cantado com sentimento e muita garra "Pátria" o Hino Nacional de Timor Leste.
Um debate sob o tema "A Comunidade Timorense do Norte de Portugal - Anseios, Objectivos e Deveres Culturais" congregou os timorenses presentes durante mais de uma hora, à volta dos seus problemas específicos.
Mas o povo de Timor é essencialmente alegre e foi ao som de muitas canções e muita música tradicional (timorense e portuguesa) que se preencheu o tempo até partirmos para um salão bem perto onde a festa/convívio continuou.
Só parou enquanto foi servido um jantar tradicional (a cozinheira fez jus à sua fama, fez a alegria da Milú que saboreou pratos da sua juventude, fez-me ficar a adorar aqueles petiscos com nomes esquisitos mas que estavam tão bons!!! - mesmo com picante daquele especial... - , fez a delícia dos mais velhos que já quase tinham esquecido o sabor destas iguarias...).
Depois seguiu-se músicas e cantares tradicionais que empolgaram todos os presentes.
Até tiveram a lata de me virem buscar - imaginem, a mim que danço como uma vaca coxa!!! - para entrar numa dança de roda.
Diverti-me e senti-me tão bem no meio da juventude timorense, no meio de amigos que já não via há muitos anos, de ouvir contar vivências passadas nessa terra que sempre me apaixonou, apesar de nunca a ter conhecido.
Pátria, Pátria, Timor-Leste, nossa Nação.
Glória ao povo e aos heróis da nossa libertação.
Obrigado Timor-Leste, por este domingo em que tive a oportunidade de ser tratado como um filho teu.
José Gomes
«Espero que o trabalho que está feito sirva para estimular os jovensna procura de soluções que retratem os problemas do seu tempo.»Adriano Correia de Oliveira
É tempo de Adriano voltar a cantar!
No passado sábado a Poesia voltou a Vermoim. Casa cheia e intervenientes que cativaram a assistência.
Trinta poetas disseram poemas do tema (Cantigas de Maio) ou/e do tema livre.
Tivemos, desta vez, a presença simpática da música chamada erudita, interpretada por Teresa e Margarida Vilas Boas (viola de arco e flauta) e Romeu Monteiro (flauta).
Música diferente numa sessão em que foi lembrado Adriano Correia de Oliveira (faria 64 anos no próximo dia 16 de Maio).
Salientamos a presença da jovem Bruna (8 anos) que nos leu este poema da sua autoria:
Abril das águas mil
Agora em Abril só chove à noite
Quando todos estão a dormir
E ninguém se parece importar
Agora faz Sol todo o dia
E é uma grande alegria poder brincarAgora, nada de águas
Nada, de guarda-chuvas
Só atrapalham
Só quero praia e gelados
E férias
Amigos por todo o ladoAgora em Abril
Nem águas, nem mil
Só esplanadas
Só brincadeira
Sentar numa cadeira a comer chocolates
Brincar com os cães na areiaAbril enganou-se este ano
Só fez asneira...
Este tempo de Primavera, mais ameno, mais quente, troxe-nos a presença querida da Dra. Maria de Luz Mouta, a nossa veterana das Noites de Poesia, que nos interpretou dois belos poemas.
Da "Poesia na Net", representada por poemas enviados pela Isabel Cruz, o João Diogo, a Manuela Pimenta e a Alice Duarte, foi escolhida a poesia que a seguir publicamos:
Em Maio
Em Maio
de cerejas
Escorre lento
Rubro Sentimento
de Papoilas ao vento.Em Maio
Me entrego,
Em fremente desejo,
Ao Fogo de um Beijo.Em Maio
Renasço.Em Maio
Revivo.Em Maio
Sou Nuvem.Em Maio
Sou Ave.Em Maio
Sou Alfazema,
Rosmaninho,
De Perfume suave.Em Maio
Voo no Sonho
De poder SER
Em Maio.(Manuela Pimenta)
Mais uma Noite de Poesia em Vermoim que terminou já passava da meia-noite com mais uma interpretação pelo Romeu, a Margarida e a Teresa debaixo do olhar ternurento da mãe Teresa Vilas Boas e por todos os presentes que lhes dispensaram uma bem merecida salva de palmas.
Voltaremo-nos a encontrar a 3 de Junho, no mesmo local e à mesma hora, com o tema "Era o tempo das cerejas".
Até lá, tudo de bom.
Por alguma razão, os emails que enviei aos habituais frequentadores das Noites de Poesia em Vermoim não chegaram ao destino, sendo pura e simplesmente devolvidos!
Tive um problema a nível deste computador que só a partir de hoje - penso!... - ficou resolvido.
Este foi o convite enviado tanto pelo correio como pela Net:
E como o tema é "Cantigas de Maio" fiquemos com o poema e a voz do Zeca:
Cantigas de MaioEu fui ver a minha amadaLá p'rós baixos dum jardimDei-lhe uma rosa encarnadaPara se lembrar de mimEu fui ver o meu benzinhoLá p'rós lados dum passalDei-lhe o meu lenço de linhoQue é do mais fino bragalEu fui ver uma donzelaNuma barquinha a dormirDei-lhe uma colcha de sedaPara nela se cobrirEu fui ver uma solteiraNuma salinha a fiarDei-lhe uma rosa vermelhaPara de mim se escantarEu fui ver a minha amadaLá nos campos eu fui verDei-lhe uma rosa encarnadaPara de mim se prenderVerdes prados, verdes camposOnde está minha paixãoAs andorinhas não paramUmas voltam outras nãoMinha mãe quando eu morrerAi chore por quem muito amargouPara então dizer ao mundoAi Deus mo deu ai Deus mo levouZeca Afonso
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