Sábado, 31 de Março de 2007
Nothingham - um fim de semana de sonho! (parte IV)
25_abril



 

Nottingham

(Um fim de semana de sonho – parte IV)

 

Com este artigo termino a “reportagem” do nosso fim-de-semana em Nottingham, a qual espero que tenha despertado a vossa curiosidade!

 

Falta-me falar do espectáculo “Cats”… perdão, dos espectáculos!!! Sim, um pelo aniversário do Zé Manel (à tarde) e outro pelo meu aniversário (à noite). Quem adorou a sessão dupla mesmo foi a Zia… mas, confesso, que se de início pensei que ela estava doida, no fim das duas sessões percebi a intenção.

 

Os espectáculos foram diferentes dos que vimos em Portugal, não só pelos ângulos de visão motivados pelos lugares à frente, mas também pelo interagir com os intérpretes. Fiquei extremamente surpreendida pelas diferenças entre ambos os espectáculos: Enquanto no primeiro a interacção com o público foi quase mínima, no segundo os actores já tiveram mais pano para mangas, mais por onde poderem fazer das suas! Foi mesmo como ver dois espectáculos diferentes!

 

As interacções que tivemos em Lisboa com os “gatos” e as interacções deste dia foram bem diferentes. O próprio palco era bem mais pequeno do que o de Lisboa, e por não haver corredor central, os actores só podiam interagir com o público pelos corredores laterais, ou então com alguns membros na primeira fila. Logo no início um gato deixou‑me a mim e à Zia completamente encabuladas ao não tirar os olhos de nós enquanto cantava… já nem sabíamos onde nos meter! Principalmente a Zia quando no segundo espectáculo o Zé Manel resolveu meter conversa com uma gata que se aproximou pelas cadeiras onde estávamos sentadas: enquanto ele miava, fazia carantonhas e macaquices para essa gata e para o gato com quem a Zia estava a declamar em uníssono um dos poemas, ela cada vez ficava mais envergonhada e quase que desaparecia pela cadeira fora! Os gatos no entanto gostaram, já que lhe responderam movendo as cabeças em atitudes muito felinas e provocadoras.

 

Ver estes dois espectáculos tão próximo dos actores, foi como ver o “Cats” pela primeira vez… mesmo contando que esta era a terceira e quarta vez que o via!!! Tantos pormenores encantadores deram-me uma nova perspectiva do musical, o qual apesar da banda sonora ser constante, acabou por ser único!!!

 

Lembro-me, entre muitas coisas, duma cena engraçada. Numa das interacções com o público, mesmo no final, um dos “gatos” apercebeu-se de uma espectadora que estava a comer bombons… rapidamente, tirou-lhe o saco da mão, provou um e, sorrindo de satisfação, com a boca cheia chamou os outros gatos… e a gataria acabou por se banquetear, deliciada, no meio das gargalhadas do público e da atrapalhação da senhora “lesada”!... quando voltou para o palco, o gato que distribuiu os bombons, ainda estava a mastigar e teve de engolir à pressa para poder cantar juntamente com os outros.

 

Esse mesmo gato, já nos tinha feito rir aos três, a bandeiras despregadas quando, no meio de uma luta, escorregou pelo palco mais do que devia, quase nos veio parar ao colo e deitou uma enorme raquete de ténis ao chão… Só parou porque o fato ficou preso nalguma coisa do palco e chegou mesmo a aleijá-lo!!! Não conseguia libertar-se e por isso não conseguia juntar-se ao resto do elenco para terminar a cena e, quando finalmente o conseguiu, ainda se notava o incómodo. No final da cena ficou tudo às escuras e então é que nos rimos ainda mais! No meio dos estrondos, palmas e outros afins, ele atirou-se para trás e desatou às gargalhadas… penso que só mesmo nós nos apercebemos disso!!! Foi tão engraçado…

 

Findo o último espectáculo e a convite de um dos actores amigo da Zia, Philip Comley, fomos ter com ele ao espaço reservado aos artistas onde ele veio ter connosco e muito alegremente nos deu os parabéns, levando-nos de seguida até um bar onde os membros do elenco costumavam ir depois dos espectáculos. Fomos parar ao Crown Plaza Hotel, que era deslumbrante! Pena não ter tirado fotografias de tão embasbacada que estava com o quão maravilhoso o hotel era.

 

 

Lá, através da Zia e do Philip, fomos apresentados a vários actores: aqueles que por acaso mais gostaríamos de ter conhecido… foi pena não ter podido conhecer o monumento que é o actor que faz de Rum Tum Tugger, mas ele tinha mandado através do Philip um programa onde me desejava um feliz aniversário. O Zé Manel e eu ainda tirámos umas fotografias com Coricopat (Philip Comley), Mr. Mistoffellees de Lisboa (Jean-Claude Pelletier) e Grizabella (Dianne Pilkington). Estes dois últimos ficaram encantados por termos vindo de tão longe e com o facto de termos vindo festejar os nossos anos a Inglaterra, aproveitando para ver os espectáculos. Adoraram as nossas críticas e acima de tudo, foram muito simpáticos! Uma semana depois, quando a Zia foi ver com uma amiga o último espectáculo da digressão, Jean-Claude e Dianne ainda lhe fizeram uma festa e nos mandaram cumprimentos, esperando que tivéssemos gostado da nossa estadia e que a viagem de regresso a Portugal tivesse sido boa…

 

 

Um dia depois partimos, já depois da meia-noite, para Londres, debaixo de chuva e frio (a camioneta tinha o ar condicionado avariado, precisamente no lugar do motorista, que tremia de frio e que durante toda a viagem tentou, em vão, que lha substituíssem). A certa altura acordaram pelo telemóvel a troca por outro autocarro, numa determinada localidade e a uma hora fixada entre eles. Porém isso não foi possível porque, entretanto, apanhámos a auto-estrada encerrada por qualquer motivo desconhecido para nós, o que provocou um desvio que fez com que chegássemos ao local com um atraso de meia hora. Claro, a pontualidade britânica funcionou!!! O motorista da outra camioneta não foi de intrigas e… não esperou por nós! Bem, lá tivemos de fazer a viagem nessas condições, com o pobre do motorista a tiritar de frio, enquanto os coitados das traseiras estavam numa sauna!

 

Um pormenor curioso foi o dos coelhos que apareciam na berma da auto-estrada, com os olhos a brilhar quando eram atingidos pela luz dos faróis da camioneta. Mas não vimos nenhum sacrificado na estrada… será que eles tinham um pacto com os condutores que por ali passavam a altas horas da noite?

 

Apesar do atraso, conseguimos recuperar, e chegámos ao aeroporto poucos minutos depois da hora prevista. Porém, deparámo-nos com um alarme de incêndio que provocou um engarrafamento incrível de passageiros que pretendiam entrar no aeroporto para fazer o check-in. Para atrasar mais, tivemos que pagar nova expedição de bagagem, pois a Zia ficou mais uma semana em Inglaterra e tinha a reserva anexada ao bilhete dela… burocracias!!!

 

Quando já não estávamos com a Zia, para cúmulo, revistaram a bolsa do Zé Manel, milímetro a milímetro, pois o aparelhómetro na entrada para a gare acusava metal e através de gestos lá tentámos fazermo-nos entender…

 

Sem mais incidentes chegámos a Pedras Rubras, com um atraso de mais de meia hora: cansados mas bem dispostos!

 

Foi um fim-de-semana em beleza.

 

Obrigada Zia e Zé Manel! Gostei muito!!!

 

música: Fica a mesma... gosto muito dos Abba
sinto-me: Feliz por terminar a resenha
publicado por zeca maneca às 00:35
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Sábado, 24 de Março de 2007
Nothingham - um fim de semana de sonho! (parte III)

À hora aprazada lá nos juntámos ao grupo e, depois dos avisos dados pela guia sobre segurança e o facto de termos que nos manter todos juntos, lá fomos para as caves do castelo, por estreitas e escorregadias escadas escavadas na rocha.


A guia deu uma importante aula de história sobre a cidade antiga e o(s) castelo(s) - em inglês, claro!. e apesar de toda a boa vontade da Sónia, não conseguimos tradução em simultâneo porque a guia tinha uma pronúncia muito cerrada e parecia uma metralhadora a falar!!!

Infelizmente também não conseguimos tirar fotografias do interior (que raiva!!) não porque não pudéssemos mas sim por questões de segurança. Entre outras curiosidades, soubemos que o actual castelo não foi construído com intuitos defensivos mas sim, como local para encontros importantes e festas. Como tal apenas tinha dois quartos, usados por quem tinha bebido demais e não estivesse em condições de regressar a casa em segurança (a cavalo, claro!!!). Previdentes e muito avançados para a época, não acham?


Os túneis eram usados pela criadagem para irem ao povoado fazer as compras mais rapidamente e tinham de ter, com certeza, uma óptima preparação física para subir e descer aquelas escadas… será que tinham calçado especial, para uma melhor aderência ao chão!? Mas os túneis também foram usados para assassínios, tentando dar-lhes um ar de casualidade de maneira a ninguém ser culpado...


Uma hora depois deixámos os corredores e saímos para o ar livre, despedindo-nos da guia.
As fotos que se seguem das saídas das caves foram feitas sem problemas, pois claro, já não havia perigo!




Estas são as muralhas do castelo, de construção anterior ao actual. Na verdade o primeiro castelo, que era Normando (Guilherme o Conquistador), foi construído em 1067. Em 1170 foi reconstruído por Henrique II, substituindo o original de madeira por pedra. Em 1194, o Rei Ricardo Coração de Leão recuperou o seu castelo das mãos do seu irmão tirano, o Príncipe João (as lendas de Robin dos Bosques são desta altura). Em 1330 Roger Mortimer é capturado pelo Rei Eduardo III que tomou o castelo entrando pelos túneis onde Mortimer, que tinha compactuado com a sua mãe para assassinar o Rei Eduardo II, acabou por sofrer uma morte terrível, daí que o túnel até hoje é conhecido como o "Buraco de Mortimer". Em 1622 o Rei Tiago I vendeu o castelo ao Conde de Rutland embora este o perdesse durante a guerra civil às mãos do Coronel Hutchinson ao qual o Rei Carlos I deu permissão para demolir o castelo. Em 1663, Guilherme Cavendish (duque de Newcastle), comprou a área onde o castelo está situado (um monte íngreme) e acabou por o cortar, pretendendo construir um castelo moderno, quase ao mesmo nível térreo do resto da cidade de Nottingham. A construção terminou em 1678. Em 1831 o castelo foi atacado pelos próprios cidadãos de Nottingham para fazerem valer o seu ponto de vista em relação à oposição das reformas parlamentares. O edifício, totalmente incendiado no interior e com as paredes exteriores pretas de fuligem foi abandonado durante 45 anos até que em 1875 o arquitecto Thomas Hine terminou os projectos que adaptaram o castelo a um edifício capaz de ser usado como museu e galeria de arte. Em 1878 o castelo foi inaugurado pelo Príncipe de Gales (Rei Eduardo VII) e converteu-se no primeiro museu municipal e galeria de arte situado numa outra cidade que não a capital, Londres.



Restou-nos fotografar as gravuras/estátuas de Robin dos Bosques, Frei Tuck e João Pequeno, eternizados em bronze, situadas no espaço exterior propriamente dito que antecede a entrada do castelo:




Próximo do hotel onde ficámos encontrei uma loja com os fardamentos de Robin e dos seus guerreiros, as respectivas armas, livros e adereços, enfim, recordações para os visitantes e turistas.

A criançada entrava na referida loja e, pouco depois, saía completamente equipada e com o respectivo arco e flechas e prontas a disparar contra tudo e contra todos!!!

As mães, embevecidas, não paravam de tirar fotografias ao lado deste “figurão” a tocar trompa (foto abaixo) enquanto os “putos” se divertiam a atirarem flechadas uns aos outros, para gáudio dos seus papás!!!




Nesta loja anunciavam e vendiam bilhetes para as visitas guiadas ao castelo e à floresta de Sherwood. Estes cartazes contavam a história de Robin Hood "(...) que se escondera um dia na floresta de Sherwood e deu muitas dores de cabeça ao rei João, irmão de Ricardo Coração de Leão, roubando aos ricos para dar aos pobres  (...)".


Encontrei reminiscências da história deste herói no nome das ruas de Nottingham, nas estátuas, não só no castelo mas também em vitrais das tabernas próximas deste, em toda a cidade e no nome das principais artérias…


Fiquei impressionada com a arquitectura variada desta cidade que ilustro nestas fotos:








Mesmo assim, a arquitectura da cidade não conseguiu resistir à fúria do betão e das alturas...


Foram várias as nossas "incursões" desde a estalagem até ao centro da cidade, para tomar o pequeno-almoço (brr!!!, mas que coisa mais intragável!!!), almoçar, jantar, ver as construções, ir ao teatro, tirar fotografias, admirar o “tram” azul a passar no meio de carros e de pessoas como se fosse a coisa mais natural do mundo e tentar perceber a razão porque é que nós estávamos encapuçados até à cabeça e eles/elas caminhavam normalmente em camisa, grandes decotes, vestidos leves, mini muito minis, muitos empunhando garrafas de cerveja (não as vi atiradas para o chão!) e amparando-se mutuamente.

Ahhh!!! E vi pegarem num jornal depositado em escaparates no exterior, sem ninguém à beira e deixarem lá o dinheiro respectivo, seguindo, depois, tranquilamente o seu caminho.



Vou ficar por aqui… Espero terminar esta resenha para a semana.

Volto ao blogue, no próximo sábado, dia 31 de Março de 2007.
 


sinto-me: entusiasmada com este relato..
música: "Chiquitita" numa bela interpretação dos ABBA.
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Sábado, 17 de Março de 2007
Nothingham - um fim de semana de sonho! (parte II)






 
Notthingham

(Um fim de semana de sonho – parte II)

 

Várias estruturas arquitectónicas estão espalhadas pela cidade, feitas dos mais variados materiais. Esta escultura indica-nos a direcção dos vários teatros e foi concerteza o ponto de partida para a Sónia ter descoberto o teatro onde estava em exibição o musical “Cats”.

 
Aproveitamos ao máximo o tempo disponível para conhecer a cidade e o castelo.
 

Visitámos e tirámos fotografias a uma catedral católica perto desta “escultura”.

 

Visitamos uma galeria onde estavam expostos trabalhos de pintura de artistas pertencentes a uma associação de artistas plásticos e o produto desta exposição destinava-se a ajudar estudantes ou artistas com dificuldades.

 

Conversei com um simpático casal de idosos que lá estavam a orientar os visitantes e que se espantaram com este casal de portugueses que foram visitar a exposição.

 

Claro! Portugal é conhecido por ter um clima soalheiro, pelo vinho do Porto, pelo Mourinho e pelo Figo!…

 

Custou-me visitar esta galeria e sair de mãos a abanar… a arte está numa crise!...e os nossos bolsos, também!





Uma escultura que me mereceu uma atenção mais cuidada foi esta aqui em cima e que está entre o Royal Concert Hall e o Theatre Royal. Denominada “Carmen”, é uma escultura em aço inoxidável e cobre entrançados, em tamanho real, e que representa a personagem principal da ópera de Bizet. Foi encomendada pela edilidade de Nottingham à escultora inglesa Hilary Cartmel, para o Festival de Arte de Nottingham em 1989. Uma nota curiosa é o anel de pedras num dedo da mão esquerda da Cármen.

 

Fartamo-nos de fazer fotografias a esta escultura, abraçados a ela ou com as nossas cabeças debaixo do seu braço colocado à cintura.

 Cármen” está muito próxima da Porta dos Artistas, onde esperamos pelos actores do Cats que tinham combinado encontrarem-se com a Sónia.

 

Foi neste local que me diverti a ver e a fotografar o “Tram” tal qual o nosso (do Porto) Metro e que coabita com o trânsito de peões e de carros com perfeito à vontade. Fiquei espantada! E logo eu que detesto cruzar-me com o espaço do nosso Metro!


\


Nesta cidade, talvez devido ao seu traçado, não presenciei nenhum engarrafamento. Os peões e os automobilistas respeitavam religiosamente os sinais de trânsito. Até os polícias eram simpáticos e cumprimentavam-nos… sem sequer os interpelarmos.

 



Tirámos o dia de domingo para visitar o Castelo de Notthingham, que foi a residência do Sherif de Sherwood.

 

Entrámos pela parte mais antiga (século XVI), atravessando zonas ajardinadas muito verdes e com plantas coloridas, chegámos ao palácio mais recente (século XIX – 1878), transformado em Museu e Galeria de Arte, mesmo ao lado do terreno onde se fizeram os torneios de arco e flecha tão em voga naquele tempo.

 

Mas antes de chegar ao castelo ainda tivemos tempo para fazermos poses nos bancos de jardim…









Quando entramos no castelo… perdemo-nos! Havia de tudo, desde a história dos diversos castelos de Notthingham construídos uns em cima dos outros, até terminar neste, passando pelos mais variados objectos de vários séculos, um completo espólio de armas, uniformes, peças de uso diário, joalharia e grandes galerias onde estão expostas obras que obedecem a várias temáticas e épocas.

 

Disseram-nos que depois do almoço se faria uma visita guiada às caves do castelo. Por isso decidimos ficar para ver e inscrevemo-nos.

 

Enquanto esperávamos, comemos no bar café do Museu, um local aprazível e relaxante. A comida, bem, essa não foi muito do nosso agrado... por isso fomos às sandes!!!

 

De seguida andámos a deambular pelas zonas ao ar livre, à descoberta e claro, como não poderia deixar de ser, fizemos fotografias, muitas fotografias do castelo em geral, de pormenores que achei duplamente interessantes para as minhas aulas (sim, até de fim de semana a Escola/Alunos está sempre no pensamento apesar dos pesares!?...) e para satisfação pessoal até às vistas magníficas sobre a cidade que é linda e enorme:





Fico-me por aqui. As fotografias tornam este blogue muito pesado.

 

Para a semana há mais…

 

Volto a este espaço, no próximo sábado, dia 24 de Março de 2007.

 

Milú Gomes

sinto-me: com o dever cumprido!
música: a mesma....
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Domingo, 11 de Março de 2007
Nothingham - um fim de semana de sonho! (parte I)






 
Nothingham
(Um fim de semana de sonho)
 

Foi, realmente, um fim-de-semana de sonho, oferecido com todo o carinho pela Sónia. Um fim-de-semana em que nos deslocámos, os três, até às terras de Sua Majestade Britânica e desfrutámos o colorido, o frio, o vento, o cinza azulado do céu (ou mais carregado quando chovia) desta cidade que foi berço do lendário Robin dos Bosques (Robin Hood).

 

Sexta de manhã partimos rumo ao aeroporto de Pedras Rubras e de lá para Londres (Stanstead). Numa camioneta fizemos a viagem de Stanstead até Nottingham, um percurso sem história, apesar da sua duração de mais de quatro horas.

 

Chegámos a Nottingham no final da tarde. Fazia frio e apesar de na viagem já nos termos cruzado com pesadas gotas de água, ameaçava chover quando chegámos.

Na estação de camionagem, a Sónia fez as perguntas necessárias para se situar e chegámos à conclusão que era melhor apanharmos um táxi até ao hotel, apesar da curta distância que nos separava.

 

O táxi era um carro preto, com ar antigo e o condutor ia fechado numa cabine, comunicando connosco através de um postigo no vidro. A bagagem ia aos nossos pés, mas mesmo assim estávamos confortáveis porque cabem cinco pessoas mais bagagem atrás. Gostei imenso do agradecimento que faziam a todos os utilizadores por não fumarem – era uma forma simpática de dizerem “Proibido Fumar”!

 

Arrumadas as nossas “trouxas” e depois de jantados, demos um salto até ao centro da cidade… a pedido da Sónia. Pouco passava das 22 horas e o movimento nas ruas aumentava em número de pessoas que se dirigiam para os bares/discotecas (ou saíam deles/as, destilando álcool e falando/cantando alto e bom som!), elas com enormes decotes e de saias mini, mas muito mini, que mais destapavam que tapavam, eles em mangas de camisa ou em tronco nu, enquanto nós, cada vez mais nos embrulhávamos nos agasalhos que levávamos!




(Esta foto foi tirada às 22,43 horas e mostra duas jovens a caminho de um bar. Não tenho fotografias das misses e não misses mais “descascadas”, mas mesmo assim estas devem ser as moças mais” friorentas” que encontrámos…).

 

 

A Sónia, que já tinha ido fazer um pré-reconhecimento à zona, levou-nos pelo centro da cidade à descoberta da verdadeira noite inglesa. Surpreendemo-nos com tudo o que vimos! Porém, ao deambular pela cidade, a minha filha, como quem não quer a coisa, “descobriu” um teatro… e ela e o Zé Manel, fingindo-se surpreendidos, gesticularam para um cartaz, dizendo:

- Olha… Olha só! Estão aqui os Cats!...
 

Surpreendidos?! Descoberta?! O cartaz do musical “Cats” em exibição naquele teatro?! Fiquei inicialmente estupefacta com a coincidência… e eles também pareciam, mas o meu sexto sentido falou mais alto e não fui na cantiga! Cheirou-me a alguma partida…

 

Pareceu-me ter havido um conluio pai/filha para esta “surpresa”, mas… desta vez o Zé Manel não deixou cair o segredo… Grandes progressos!!! Ao descobrir a Porta de Artistas a Sónia disse para esperarmos um bocado. Entretanto, saiu uma certa pessoa que nem eu nem o Zé Manel fazíamos ideia de quem seria. A Sónia porém correu para o parar e passado um bocado chamou-nos e fez-nos uma surpresa: apresentou-nos ao “nosso” gato, o Skimbleshanks, representado por John McManus, que nos deu os parabéns e foi muito simpático.

 

No meio da conversa com ele… a Sónia descaiu-se e depois de nos despedirmos do gato, revelou o que o Zé Manel já sabia (ficou com um sorriso de orelha a orelha):

- Amanhã vamos ver o Cats…
 

Fiquei estupefacta! Perante os factos e pela ternura que ambos deram à surpresa como poderia criticar tamanha loucura?!

 

Ainda ficamos um bocado mais à espera à Porta de Artistas e à medida que alguns actores iam saindo a Sónia lá ia dizendo: “Este é o gato ladrão, este é o gato do teatro, e este… é o meu gato.” O contacto da Sónia (Philip Comley) tinha saído, por isso ela foi rapidamente falar com ele antes dele ir para casa: combinaram um encontro para o dia seguinte, depois do espectáculo que íamos ver…

 

São horas de ir dormir para ainda aproveitarmos a manhã de amanhã antes de irmos ver (novamente) o Cats às 14h30m… como será esta nova experiência? É que a minha filha revelou que os nossos lugares são praticamente em cima do palco…

 
Boas noites, adeus e até ao meu regresso!


Volto a este espaço, no próximo sábado, dia 17 de Março de 2007.



Milú Gomes





Fotos:  Milú Gomes


Arranjo gráfico:  Zia








música: "Tous les garçons et les filles" - Françoise Hardy
sinto-me: muito cansada...
publicado por zeca maneca às 00:03
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Quarta-feira, 7 de Março de 2007
Promover um mundo melhor

Acabo de receber este mensagem de uma amiga.


Apesar de ser um vídeo publicitário vale pela sua intenção: promover a construção de um mundo melhor.


As palavras e a mensagem vale a pena passá-las de mão em mão.


Obrigada, Cláudia, pela partilha.



Milú Gomes

 

 


música: Vídeo...
sinto-me: A minha contribuição...
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publicado por zeca maneca às 17:10
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