Depois de umas semanas em que foi uma "guerra" para aceder a um computador nesta santa casa (até o computador do Zé Manel resolveu entrar em "greve"!!!!!! - não percebi, mas já está a funcionar!) cá estou a habituar-me a esta "nova máquina" que herdei da Sónia.
Quero agradecer a todos aqueles que por telefone, por email e pelos comentários aqui deixados, a vossa amizade e as palavras amigas que deixaram.
Para todos, os meus votos de um FELIZ NATAL cheiinho de prendas (para os/as que as merecem, claro!!!!) e, com um abraço muito especial ao Fernando Peixoto, deixo aqui o seu poema de Natal:
Não gosto do Pai Natal
Não gosto do Pai Natal
porque a mim já não me ilude:
todas as prendas que traz
dão-me cabo da saúde.
Traz no saco, que carrega,
cada vez mais sofrimento
e deixa-me logo «à pega»
baixando-me o vencimento.
Com discursatas perversas,
mil ilusões repartidas
enche o saco de promessas
que nunca serão cumpridas.
Eu não quero dizer mal
mas temos gostos opostos:
peço prendas plo Natal
e ele dá-me mais impostos.
E mal entra o Ano Novo
logo me cheira e pressinto
que eu, que pertenço ao Povo,
vou ter de apertar o cinto.
Sobe a água, sobe a luz,
e os aumentos são bem fortes
e, para aumentar a cruz
sobem também os transportes.
É pior de cada vez
que olho esse velho gaiteiro:
Já sei que vai sobrar mês
quando acabar o dinheiro.
No País em que vivemos
(somos quase 10 milhões)
Ali-Babás... poucos temos,
mas temos muitos ladrões.
Por isso é que não me ilude
este velhote atrevido:
Pai Natal é Robin Hood,
mas Robin Hood ... invertido.
FERNANDO PEIXOTO
«O talento educa-se na calma, o carácter no tumulto da vida» - GOETHE